Todos os dias pela manhã, nós, Calebes de Iaras, fazemos nosso culto para pedir a Deus a direção para o dia. Às 10h e às 14h, as meninas fazem uma Classe Bíblicas com crianças. E por volta das 17h30, nosso culto de gratidão é na praça. E, como já dito antes, temos recebido algumas visitas inesperadas...
Quatro das meninas decidiram ler o livro "A Grande Esperança", em voz alta e sentadas no banco da praça. Quando alguém passava, entregávamos um livro. Nessa quarta-feira, ao terminar o capítulo do dia, viram uma senhora parada na praça, aparentemente sem fazer nada.
Uma das meninas se aproximou para entregar um livro. Como quem pede algum tipo de ajuda, a senhora começou a descrever sua atual situação: há três meses está morando em Iaras, num sítio, e nesse dia, havia sido despejada de casa. Pegou os quatro filhos e foi à prefeitura pedir um carro para levá-la para a casa de sua mãe em uma cidade vizinha, deixando toda a mudança na casa esperando para que o marido, que trabalha em Lençóis Paulistas, vir buscar.
Não sabia quando conseguiria esse carro, onde iriam, e o que comeriam. Nos oferecemos para ajudar em qualquer coisa, e fomos para casa almoçar. Em pouco tempo, a senhora, Dona Cida, apareceu em nossa casa com os filhos, pedindo ajuda. Ajudamos dando almoço para os cinco. Depois de almoçar, foram embora, e não tivemos mais notícias. apenas continuamos orando.
Na quinta-feira, quando começávamos o culto de gratidão, da tarde, um homem, bêbado, passou e perguntou se poderia se juntar a nós. Pediu que cantássemos uma música que não sabíamos qual era, e prometemos procurar para cantar amanhã. Depois disso, ele desabafou: começou a usar drogas aos 12 anos de idade e aos 18 estava em um presídio. A esposa se separou dele, levando a filha e o neto. Ele foi morar com a mãe, e até hoje é dependente de bebida e drogas injetáveis. Já foi líder de jovens de uma igreja evangélica, mas confessou estar muito fraco na fé.
Tentamos dar uma palavra de conforto, mas ele parecia não se conformar, dizendo que já tinha acabado com a vida inteira. Lemos a Bíblia, oramos, os garotos o abraçaram e prometeram uma visita no dia seguinte (amanhã).
Principalmente esses testemunhos, tem mexido muito com nós, Calebes. Estamos entendendo que fomos chamados e colocados aqui para termos atitudes pequenas como essas, mas para propósitos maiores do que imaginamos!
A Missão foi cumprida! Acabou, mas aqui fizemos amigos que ficarão para a vida inteira e nos encontraremos novamente na Eternidade!
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